29
Out05
Ódio (I)
Domesticada
Foi só nesse dia, quando finalmente conseguiu olhar para a sua cara, despojada de vida e feita objecto (como todo aquele corpo inerte e vazio deitado na cama de hospital), que conseguiu pensar no sentimento que lhe restava. Apesar de todo o ódio cultivado ao longo dos anos, queria beijar-lhe os olhos e dar-lhe um pouco mais de vida.