08
Nov05
Portuguese Caderno
Domesticada
No mais recente Paul Auster (A Noite do Oráculo) a odisseia entre a escrita e o real de Sidney Orr começa com a compra de um caderno português azul no Paper Palace em Nova Iorque. A minha começa agora, com a compra do mesmo na Papelaria S.José de Lisboa. Caderno de escrita, capa rija, aparência de livro de actas mais pequeno, pautado... Azul. Conta a história que este caderno é a perdição. A escrita sai, flui, mas não pára. E corre o risco de se confirmar no real a ficção que escrevemos.
Tenho uma verdadeira célula estaminal nas mãos e duas canetas novas para a transformar, sabendo porém que nunca serei capaz de a controlar. Tenho medo de lhe escrever a primeira palavra.
Tenho uma verdadeira célula estaminal nas mãos e duas canetas novas para a transformar, sabendo porém que nunca serei capaz de a controlar. Tenho medo de lhe escrever a primeira palavra.