Há dias em que uma pessoa acorda sem capacidade de escrever. Nem é vontade (eu vontade tenho muita e passo o dia a cagar sentenças, como faço desde que aprendi a falar), é mesmo uma total trapalhice para arranjar palavras adequadas àquilo que se manda cá para fora. Como se pode ver por esta minha última frase, que demorou uns 8 minutos a ser construida, hoje é um desses dias. E calha mal. Porque precisamente hoje resolveu-se (os astros, os santinhos ou simplesmente a boa vontade de pessoas trabalhadoras - que não eu) que seria o dia em que o Célula Estaminal chegaria a terras do SAPO.
Grande parte da minha incapacidade de escrever advém da total incapacidade de me conseguir concentrar. Agora mesmo, assim que acabei de escrever o parágrafo anterior, levantei-me da cadeira, fui buscar umas folhas A4 ao outro lado de escritório, voltei, sentei-me outra vez ao computador, e retomei um relatório que tinha deixado inacabado, vá-se lá saber porquê, às 11 da manhã. O que acabou por levar a desconcentrar-me do relatório e descobrir que estava a meio dum post. E já que estamos neste tema e eu que me conheço bem, vou só deixar aqui uma note-to-self para quando estiver em casa a ler isto outra vez: vai acabar o relatório.
Impõe-se agora assinalar a efeméride, neste parágrafo precisamente, e fazer as devidas saudações. Este blog, que me é muito querido, não tem nenhum propósito nem utilidade. Tem dias, semanas e meses em que é um pepino e, muitas vezes, não tem gracinha nenhuma. Mas por ser assim defeituosozinho é que gosto dele, e por ser tão decadentemente imprevisível é que continua a existir. E a partir de hoje continuará a existir mas com muito mais estilo. Facto, facto, factozinho, é que se deve ao SAPO, à Maria João Nogueira (uma fixe com um nome lindo) e ao Pedro Neves (um talentoso paciente) esta linda obra que se vos aparece à frente nos olhinhos.
Obrigada.
Acho que todos deviamos ter um SAPO.