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Célula Estaminal

Célula Estaminal

21
Jan08

A terrible case of the mondays

Domesticada

Sintomas: Letargia, incomodação , irritabilidade, sonolência, ligeiro aumento da vontade de fumar em espaços fechados, e alguma sensação de inutilidade. Há casos registados de ataques de pânico, tomada de decisões altamente erradas e até mesmo de borrifanço em geral para o mundo.

 

Critérios de diagnóstico: Tratar-se efectivamente de uma segunda-feira, embora possa existir uma condição semelhante relativa a qualquer outro dia da semana, mas com outro nome e tratamento. O Indivíduo que padece de um "Case of The Mondays " apresenta-se, regra geral , como um procrastinador grave. De notar que a doença na sua vertente mais pura deve ser vigiada constantemente, são vários os casos de sujeitos que, prolongando a doença sem tratamento, se dedicam  infinitiva mente à procrastinação nos outros dias da semana.

 

Tratamento: Trata-se de uma doença crónica, que acompanhará o indivíduo portador para o resto da sua vida. Daí não haver hoje uma cura, mas um tratamento que faz entrar a doença em fases de remissão temporária. São eles, os possíveis tratamentos: não sair da cama, não falar com pessoas, beber muitos líquidos (preferencialmente de teor alcoólico), ou o método ainda hoje mais eficaz: criar a ilusão de que se trata de um qualquer outro dia da semana.

 

Formas de tratamento alternativo: Há correntes dispersas sobre a forma de tratar a doença, mas todas elas originárias do método chegar-a-casa-por-os-pés-de-molho-e-ouvir-musica ", variando o princípio activo do tratamento: a música em questão. Existe, deste modo, a corrente Herbie Hancock , a corrente New Order , a corrente Blondie e a corrente The Temptations . Todos eles podem ser utilizados como possível tratamento, apesar de por vezes apenas conseguir um efeito placebo .

21
Jan08

Link Zink

Domesticada

Hoje apaixonei-me duas vezes pelo Rui Zink. Na fila do Minipreço e no blog (?) dele.

 

Já vai para uns tempos que não me apaixonava por ele. O Leonard não está contente mas ele já se habituou à minha promiscuidade literária. Literária, sim.

14
Jan08

"Thank You For Smoking"

Domesticada

Após uma terrível sexta à noite onde, mais uma vez, me deitei no quarto escuro e chorei até adormecer sozinha, não só por saber que sou uma fumadora mas também por ter morto a mãe de alguém, no sábado parece-me que a coisa melhorou de figura. Aparentemente passei a ser só uma pessoa que se engana nos eritrócitos, que tem um humor tão negro quanto a alma (kind of funny, actually), um cérebro do tamanho de uma azeitona, que fumo para ser fixe (ando a tentar ser fixe já vai para uns 12 anos, entretanto e ainda não aconteceu, talvez passe para a heroína que ouvi dizer que é super-cool) e que sinceramente não sabe o que é couch-fucking (mas se é um nome só atribuído pelo sítio onde pratica a coisa, alguém teve muito trabalho em compilar essa lista, mas deve ter-se divertido).

 

Temi, porém, pelos efeitos do karma. Não pensei noutra coisa o fim de semana todo: se há quem me deseje morte lenta e dolorosa, que sofra de um cancro e tal (há inclusivamente um senhor que desejava que fosse espancada por um bando de goonies e outro que me gostaria de fazer xixi em cima), certamente pelas regras do karma um destes dias há-de-me cair um piano em cima. Ou possivelmente uma bigorna, ou escorrego numa casca de banana.

 

Ainda assim, como diz que há males que veem por bem (tal como fumar é um mal mas o dinheirinho que pagamos a mais de imposto é um bem), dei por mim a pensar que na vida monótona deste blog, houve um dia em que foi feliz com tanta discussão e comentário. E que, enfim, nunca somos verdadeiramente ninguém até receber uma boa dose de hate-mail e insultos.

 

Por isso bem-vindos, e para aqueles que perceberam do que o blog trata na verdade, deixem-se ficar, há salas para fumadores e não fumadores e o senhor do bar serve-vos um cocktail sem alcool se forem menores.

10
Jan08

Stage Fright

Domesticada

Em dias como este, em que o blogue está em destaque, chego sempre ao fim do dia com a sensação frustrante de ter perdido uma óptima oportunidade de, durante um diazinho, dizer algo de importante e relevante para a humanidade. Pior que isso, pior que saber que gastei um dia e não disse nada, é saber que disse realmente qualquer coisa, mas tola.

 

Quem é que eu estou a enganar, só estive em destaque uma vez e ia tendo um ataque de coração quando vi o contador de visitas. Mas ainda assim, sinto-me observada, é uma chatice.

 

Por isso decidi falar hoje sobre o facto de não conseguir falar quando as pessoas me estão a ver, que é no fundo o último reduto de alguém que escreve - escrever sobre não conseguir escrever (e um escritor a sério disse-me um dia que só temos uma dessas para gastar e eu já vou na 6ª à vontade).

A propósito desta coisa do Stage Fright,  diz que o que está a dar são o Beta Bloqueadores, mas eu e a Amy é que sabemos que "... In other cases, performers use alcoholic beverages to ease their stage fright. There have been many cases in which this habit has led to alcoholism."

 

Por isso mais uma vez, caríssimos, puxem uma cadeira e descubram o blog à vontade. Hoje servimos Cardhu sem gelo, só para os verdadeiros aficcionados.

08
Jan08

"Esses Caguinchas" - The Sequel

Domesticada

O país afunda-se cada vez mais numa nação de coninhas que nem conseguem chamar coninhas aos coninhas de quem não gostam. Uma pátria inteira de coninhas que põem cadeados nos caixotes do lixo municipais, que bloqueiam os carros nas ruas de lisboa, que cortam o trânsito no bairro alto, que passam multas a quem deita fora o lixo nas merdas dos ecopontos.

 

Uns gandes conas, aliás,  que não conseguem passar mensagens de "não fumar", "cuidado com a sida" e "separe o lixo" sem nos chamar a todos uns anormais, uns macacos, uns imbecis ou uns criminosos.

 

Isto tudo não tem nada a ver com a "liberdade" e o "direito" e o sistema nacional de saúde e o raio que o parta. Isto tudo é muito simples. Estamos a ser transformado num país de conas, feito por regras e não por leis. Feito por medidazinhas e decisõezinhas e regulamentozinhos e portariazinhas. Criem normas, caramba. Criem uma mentalidade, uma filosofia, um modo de vida. Criem condições de existência.

 

Esses coninhas que estão aliviadinhos de não terem já o fuminho dos cigarrinhos nas trombas, hão-de levar com o meu fuminho do cigarrinho no trombil de cada vez que ande na rua. Paragem de autocarro, toma lá um bafinho pra cima. Porta do café, pufff. Cada coninhas que me olhar de frente na rua leva mais um bafo em cima. Juro, mas é que juro, se dantes me procupava com os possíveis fumadores passivos à minha volta, a partir de agora hei-de-lhes dar um cancro a todos.

 

Havemos de morrer todos, que diabo, havemos de morrer todos um dia. E se esses coninhas tivessem um pingo noção de que vão morrer, se já tivessem aceitado isso como um destino de que não vão fugir, se já vivessem com a ideia presente de que, se calhar, vão até ter uma morte lenta e dolorosa e lixada, garanto-vos que também puxavam de um cigarro e aprendiam a gostar da merda da vida.

"Personally I'm always ready to learn, although I do not always like being taught." Winston Churchill
mariajoaoso (arroba) gmail.com

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