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Célula Estaminal

Célula Estaminal

27
Jun08

You are now entering the official wedding season, look out for the bouquets!

Domesticada

 

Chega inevitavelmente o dia em que uma verdadeira amiga minha se vai casar. Não é o senhor amigo do pai ou da mãe, nem a filha do senhor amigo do pai ou da mãe. É o casamento de uma pessoa assim como eu, de quem eu gosto,com quem vivi aqueles momentos fixes da vida e que, como todas as outras minhas amigas, nunca imaginei casada. Tal como nunca imagino ninguém adulto, nem a mim,e de repente já somos todos. 

 

Isto é uma situação que me levanta muitos problemas. Em primeiro lugar tenho sempre a sensação que não me sei comportar em casamentos. e então trago ao de cima o meu outro eu bem comportado e deixo a John em casa a dizer parvoíces sozinha. Dá bom resultado, exceptuando se as pessoas me convidarem com o propósito de animar o casamento e ser a funny do costume. Aí tenho tendência a desiludir.

 

Em segundo lugar não tenho corpinho para as roupas de casamento. Não sou alta de pernas esguias, não tenho cara para usar chapéu, nada me cabe nas carteirinhas de mão que se levam e as encharpes enervam-me e perco-as sempre.

 

Terceiro, e o mais preocupante de todos. A minha gajice vem ao de cima. Choro horrores, borro a maquilhagem, olho para noiva como quem olha para a Nossa Senhora, imagino o meu próprio casamento e esqueço-me completamente que sou uma pessoa que não acredita em casamentos. E no meio desta neurose de gaja, acontece sempre o meu momento mais ridículo da vida. Lembro-me da figura que estou a fazer e na altura de atirar o bouquet vou-me esconder. geralmente aproveito para ir falar com o DJ sobre o fantástico que eram os Boney M e como é de valor que ainda haja pessoas queos ponham a tocar.

 

faço basicamente qualquer coisa para não apanhar o bouquet. Nunca se sabe... E não quero de maneira nenhuma correr o risco de ser feliz para sempre.

23
Jun08

Birds flying high, you know how I feel.

Domesticada

 

(para uma lamechice mais apurada, sugiro a leitura deste post depois de um toquezito no play do video lá em baixo) 

 

 

Hoje é o meu último dia de trabalho nesta empresa. Esta empresa cujas pessoas são fantásticas e no entanto são o seu mal. Onde todos os dias queria ver as caras de todos os dias, mas todos os dias desdenhava o dia em que decidi vir para cá. É complicado isto das relações laborais. Como filha única que sou, sempre desejosa de interacção, pessoas, conversa e animação, tenho dificuldades em não querer guardar para mim como amigos todas as pessoas que se cruzaram no meu caminho. Colegas de trabalho ou não.

 

Os colegas de trabalho, para mais quando são da nossa idade e background, são extremamente difíceis de não gostar, de não querer que façam parte da nossa vida, de não querer beber copos e contar tudo sobre tudo. Ao mesmo tempo são difíceis de gostar. Porque sabemos que vai sempre haver um momento em que eles, ou nós, vamos ter de ser assertivos, refilar com uma imperfeição no trabalho, chamar à atenção ou apontar uma injustiça. Estamos sempre numa luta interna sobre o que havemos de chamar àquelas pessoas que vemos mais vezes do que vemos os nossos namorados, pais ou gatos. Amigos, conhecidos, colegas, gajos, gajas, senhores, doutores?

 

Esta empresa trouxe-me, no verão passado entre caipirinhas de fim de tarde e tapas a passar pela hora de jantar, um grupo de amigos que se escaparam desta empresa um a um e me foram deixando para aqui. Espertos. E desse Verão cheio de trabalho e calor, vou guardar sempre aquela sensação boa de ter descoberto novas pessoas fixes, numa altura em que começava a duvidar se ainda as havia.

 

Trouxe-me também uma fornada nova de pessoas fixes com o inverno. E com elas jantaradas, noitadas no bairro e um atropelamento que uniu para sempre a minha Rosie e eu. Uma emoção pegada.

 

Não é possível não gostar desta gente. E no entanto dei por mim num lugar estúpido na minha cabeça em que nem desta gente já demonstrava gostar. E num lugar estúpido em que só falo de mim, em que não pergunto como estão, e em que me queixo todos os dias como a típica secretária que jurei nunca vir a ser.

 

Hoje é o meu último dia aqui, com as devidas despedidas da praxe e um fim de tarde de happy hour na esplanada de preferência. Não consigo estar triste, desculpem. E fiz este post para eles, desculpem os outros. E não tenho actualizado o blog quanto devia, peço desculpa a todinhos todinhos.

 

New day, new dawn, new life, e todas essas coisas. Espero eu.

 

I'm feeling good.

 

 

16
Jun08

E ainda está tudo muito admirado.

Domesticada

 

Cristiano vai para Madrid todo contente. Ainda bem. Ai que se vai perder, e vai deixar de jogar e vai perder oportuidades, e não há futebol como o inglês, e vai tropeçar numa calle e ficar paralítico, ai que vai transformar-se numa miúda, ai e o putedo em espanha é mais caro... Pfff.

 

O menino disse, e bem, há poucos dias - As pessoas sabem lá o que é viver em Manchester.

 

Há argumento que bata isto?

04
Jun08

Descompensar

Domesticada

Há algo de muito pouco engraçado e extremamente preocupante neste video. Peço desculpa por isso. Mas a verdade é que esta vidinha de Office Space que ando a levar faz-me compreender muitíssimo bem este senhor.

 

 

Quando chegamos a este ponto já é um "Fuck it all!" muita grande, não é?

 

 

*via Neatorama

 

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"Personally I'm always ready to learn, although I do not always like being taught." Winston Churchill
mariajoaoso (arroba) gmail.com

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