Sinais da crise
Houve um tempo em que chegando a dia 28 de Julho já só os baby blogs eram produtivos. Blogger que é blogger ia de férias e já não escrevia.
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Houve um tempo em que chegando a dia 28 de Julho já só os baby blogs eram produtivos. Blogger que é blogger ia de férias e já não escrevia.
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O blog está oficialmente em silly season. Não sei se era preciso dizer, acho que tem sido bastante evidente. Continuaremos portanto a ser palermas, cretinas, pedantes, e tudo o mais que nos aprouver até sensivelmente ao dia 25 de Agosto.
Por falar em egoncentrismos e tal, faço anos a 10 de Agosto.(Desconcentrei-me aqui por um segundo porque estava uma testemunha no Boston Legal a responder a perguntas com notas num violoncelo... o mundo está oficialmente palerma, não sou só eu).
10 de Agosto. Aceito cartões presente o corte inglês e um beijo na boca do John Malkovich.
Quando se pensava que nenhum título de album suplantaria o Bloody Motherfucking Asshole (BMFA) aprece isto.
Eu sei que devia parar de blogar, mas Best. Album Title. Ever.
Nunca houve um post publicado no mesmo dia, à mesma hora pelo maradona e pelo o Rogério Casanova ao mesmo tempo. Just saying...
Depois de ter visto uma temporada inteira de Californication já não consigo olhar para o Hank Moody, ai desculpem, David Duchovny com os mesmos olhos. Hoje estreia lá no
outro lado o mais recente The X-Files: I Want to Believe.
O que estes dois se devem ter divertido nos 90's... E nós inocentes sem perceber a coisa. Topem-me só este olhar. Mulder e Scully, tá bem.
Foi descoberta a verdadeira identidade de Banksy, um artista de guerilla graffiti genial que há anos que irrita e fascina muita gente (para quem ainda não conhece é o Basquiat do séc. XXI).
Ficou tudo entusiasmadíssimo por um segundo, mas depois de pensar bem no assunto, realmente, de que nos serve saber que o tipo se chama Xico Zé e que é da Amora, por exemplo?
É o Banksy, pá.
A motherfucking ironia disto tudo é que fui para Direito , como todas as outras alminhas, para fugir à matemática. E hoje estou aqui a nadar em contabilidade e thisclose a ser detentora da profissão mais entediante do mundo. Bem vistas as coisas eu também fugi do Direito, se calhar mereço tudo o que de mal me aconteça.
Isto é um problema que não é problema se eu vivesse feliz na redoma do trabalhinho do dia-a-dia, dos hobbies de ir ao ginásio e correr à beira rio e... não quero parecer uma cretina e criticar quem o faça. Isto da vidinha é um problema quando se finge não ter vidinha, e pronto.
Eu explico (os blogs também servem para desabafos, certo?). Tenho trabalhado com uma banda, estamos a ter um feedback maravilhoso, já com um pseudo-agente e maquetes nas editoras e o whole shebang. A coisa começa a prometer e a nossa posição no myspace em Portugal até é porreira (sim, eu ligo a essas coisas, é o business e tal). Acontece que começo a ter reuniões e essas coisas. Somos 3. Dois miudos super cool e uma miuda que parece uma tipa muito New Age-epicurista-carpediem e isso tudo (que sou eu).
Eles os dois estudam em cursos cool, têm imenso tempo para "criar" e são coerentes. A mim perguntaram-me o que fazia da vida (repararam que era claramente mais velha e que alguma coisa tinha de pagar as minhas sandálias hippie-chic da Timberland). "Ah, eu sou secretária."
Silêncio muito constrangedor. Daqueles à western em que passam tufos redondos de raminhos a rolar com o vento, à nossa frente. " Portanto a John tem um nine-to-five?" Eh pá, porra, a verdade é que tenho, mas faz parte do meu plano. Tenho um nine-to-five porreirinho que me paga as contas, e tenho o resto do dia e do fim-de-semana para poder "criar" e cantar e escrever e namorar, e pronto. É um plano.
Mas caramba, a motherfucking ironia. Eu não quero ser uma Secretária-que-canta-numa-banda-conhecida. Nem tão pouco a Cantora-que-durante-o-dia-é-secretária. E por tudo o que consideram sagrado, eu não quero acima de tudo ser uma Administrativa.
De repente dou de caras com um parágrafo maravilihoso do Hunter S. Thompson, do Kingdom of Fear:
I am a confused Musician who got sidetracked into this goddamn Word business for so long that I never got back to music (...) Who knows why? Maybe I just feel like singing so I type.
Ouvido hoje de manhã no autocarro*: "Eh pá, o reply all é um vício do catano!"
*sim, deixei de andar de taxi. New dawn, new day... eu já tinha falado nisso, não já?
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