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Célula Estaminal

Célula Estaminal

29
Jan09

Amanhã exibição da melhor curta de sempre da história do cinema!

Domesticada

 

É o primeiro passo da conquista mundial, o filme de que todos falamos lá em casa - Daiquiris de Morango - vai participar no concurso de curtas da Faculdade de Letras, com exibição amanhã às 14 horas.

 

Se nada mais motivar a ida, saibam que é um filme com Soraia Chaves, Rúben Gomes (sim, o borracho da Liberdade 21) e Pedro Lima. E o poster é feito aqui pela yours truly.

 

Para mais informações sobre o concurso consultem o Blog e vão lá dar uma perninha!

19
Jan09

The Grammar Nazis

Domesticada

Esta semana uma excelentíssima amiga teve honras de destaque no Sapo. Um mimo que o Sapo dá aos seus blogger, que é muitas vezes um presente envenenado. Como o tema é sensível por saber que há muitos blogs que gostariam de ser destacados, e como eu prórpia já fui destacada umas vezes, não quero fazer juízos de valor ao método de selecçaõ nem tão pouco mostrar-me ingrata ou mal agradecida. A verdade é que os infortúnios que adveem dos "destaques" não são da responsabilidade do pessoal do Sapo, mas sim dos seus utilizadores e visitantes.

 

Pela minha experiência funciona desta maneira: Temos a nossa casa, o nosso espaço, que está decorado com os quadros que gostamos, com os livros que adorámos, com os DVDs que vemos vezes sem conta. Temos lá tambvém os nossos amigos mais próximos, e encontramo-nos para trocar umas palavras sobre oq ue gostamos, o que nos irrita, etc. Um dia sai no jornal a nossa morada, a porta de casa está aberta, e qualquer pessoa pode lá ir.  Pode-se argumentar que a morada já existe e que a porta sempre esteve aberta, e que, por isso, não há que sentir uma certa violação de privacidade quando a morada é publicada. Mas a morada está publicada nas páginas amarelas, não na primeira página do jornal diário.

 

Quem entra na nossa casa e não nos conhece pode achar-nos indiferentes, pode gostar de nós ou pode não gostar. Mas ai da pessoa que vem à minha casa, não tendo qualquer intimidade comigo, e me diz como devo pendurar os meus quadros, como devo lavar a loiça, ou que penduro mal as minhas camisas. É mais do que óbvio, porém, que a anonimidade da internet permite este displante às pessoas. Pessoas essas que acham que, como o espaço é virtual, pertence a todos e, por conseguinte, segue as regras impostas por todos.

 

Mas a verdade é que não é assim. O meu espaço segue as minhas regras. E a minha regra pode ser por exemplo estar-me perfeitamente borrifando para os erros ortográficos que dou. Ou pode ser também que continuo a não aceitar bem a lei do tabaco e que de acordo comigo o tabaco é uma coisa maravilhosa e toda a gente devia fumar e relaxar um bocado.

 

Sobre este ultimo tema descorri uma vez neste mesmo blog, num dia em que esteve em destaque. Fui ameaçada, insultada, acusada de matar a mãe de um senhor qualquer e por cima de tudo isto ainda conseguiram vir cá umas alminhas corrigir-me erros ortográficos.

 

Só consigo concluir com isto que esse tipo de pessoas, além de desocupadas, têm graves e tristes problemas de auto-afrimação. E o melhor que temos a fazer, além de os ignorar, é ignorar também os dias em que estamos em destaque, agradecer a visita simpática e agradecer a quem deixou uma palavra de apreço. Podemos também iniciar algumas discussões saudáveis com quem não concorda connosco ou simplesmente bater o pé e insistir na mesma tecla. Mas a partir de hoje, qualquer pessoa que, por email, ou por comentário, me corrija a gramática, saiba que o seu comentário é apagado por uma razão. E não volte. No blog for you.

 

Get. A Life.

 

16
Jan09

Tuitar ou não tuitar, nem sei se há aqui uma questão.

Domesticada

"There's a plane in the Hudson. I'm on the ferry going to pick up the people. Crazy." - Twitter de Janis Krums, num ferry a caminho de casa.

 

 

Nada como passar umas semaninhas longe do Blog e a experimentar coisas novas. Infelizmente não-sexuais. Nos últimos tempos o blog não tem sido das minhas prioridades, como se pode ver. Acho até que não tenho tido prioridades nenhumas. O tempo está feioso, o Natal já acabou, O ROC quer fechar o mês e estou gorda. In a nutshell, não tenho nada para dizer e se tivesse nem tinha tempo para o fazer.

 

Pelo meio desta aparente neura (que no fundo tem só a ver com o tempo) resolvi meter-me no Twitter. Meteram-me. E passei pelas fases clássicas de aceitação do twitter: para que é que esta trampa serve?, seguido de Mas o que é que eu tenho para dizer? e logo depois o habitual Estou no trabalho, o café está frio e hoje nasceu-me um joanete.

 

O Twitter é o que considero um upgrade aos blogs. Uma pessoa tem 140 caracteres para escrever algo de interessante, banal, cómigo ou muito triste, mas são 140 caracteres que têm de agarrar o leitor. Ao contrário de um blog onde decidimos pela primeira frase de um post se o vamos ler até ao fim, no Twitter o post é a primeira frase. Se a lemos está lida e se gostarmos seguimos o twitter desse autor. Honesto, prático, divertido, e com implicações sociológicas interessantíssimas. Uma das mais interessantes: há pessoas conhecidas a twittar no meio de nós, comuns mortais.

 

Essa é uma faceta genial do twitter: seguir os passeios e devaneios do Stephen Fry (rei do Twitter) ou simplesmente ler um desabafo ou outro da Tina Fey sentada à secretária. Outro lado espectacular é essa comunicação em tempo real. Qualquer pessoa em qualquer parte do mundo pode comunicar a quem o "segue" no momento imediato em que as coisas ques acontecem.

 

Ontem a notícia do avião caído no Hudson foi dada em primeiro lugar por este senhor lá de cima, acompanhada pela estrondosa fotografia do momento de salvamento.  Não há mais simples que isto. Ele estava lá, tirou a fotografia, em 140 caracteres explicou que ue se passava e nada mais havia a dizer. Não quero com isto implicar que é o fim do jornalismo e da imprensa escrita e todos os grandes cataclismos de que se fala em 2009. Mas há aqui um shift na nossa maneira de perceber a informação global. A notícia deixa de ser distante e passa a ser consequente.

 

O caso do estudante/ jornalista americano que twitou enquanto estava a ser preso no egipto, despolotou a atenção dos amigos e consequentemente das autoridades, do consulado... e dessa forma conseguiu ser slavo. Se não tivesse conseguido passar a informação, provavelmente ainda hoje se perguntariam onde ele andava. 

 

Escusado será dizer que 99.9% das vezes, o twitter é uma coisa desinteressante para toda a gente a não ser para nós próprios. Ninguém vai partilhar o nosso entusiasmo, ninguém vai querer saber o que fazemos 24horas por dia e ninguém nos vai descobrir como um talento internacional do twitter (a não ser talvez a #Anita). Pior: vamos falar disto aos nossos amigos, vão achar uma treta, vão lá registar-se, vão acabar por adorar, e nunca nos vão chegar a agradecer. Eu sei como é, eu fui uma dessas.

 

Mas por agora, e fazendo um voto solene de que não abandonarei o Blog tanto tempo outra vez, estou dedicada a chatear tanta gente quanto posso no twitter, várias vezes ao dia. Quem me quiser encontrar por lá, tenho o mesmo nome que aqui. Até loguinho.

 

James Karl Buck, o jornalilsta americano foi preso no Egipto e conseguiu, a partir do telemóvel, twittar o que lhe aconteceu.

"Personally I'm always ready to learn, although I do not always like being taught." Winston Churchill
mariajoaoso (arroba) gmail.com

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