22
Fev06
A Razão de Ser
Domesticada
Chegou talvez a altura de tratar do assunto das células estaminais verdadeiras e deixar de desapontar os visitantes googlianos. Apresento a exposição com a sentida humildade de não ser cientista, bióloga, bioquimica, engenheira, de não gostar de matemática nem saber fazer contas sem máquina de calcular e de ter tido uns vergonhosos 9,5 valores finais na ridícula disciplina de secundário que são o "métodos quantitativos".
Uma célula estaminal é um tipo de célula primitiva que pode ser alterada para se transformar num dos 220 tipos de células existentes no corpo humano. Por terem esta capacidade de se tornarem em todo o tipo de células os seus investigadores afirmam terem a possibilidade de serem utilizadas para tratar e até mesmo curar determinados tipos de doneças até hoje impossíveis de tratar. Fala-se de alguns tipos de cancro, a diabetes, o alzeimer e algumas doenças do coração.
O corpo humano adulto possui células deste tipo mas são consideradas praticamente inúteis por terem uma aplicação muito reduzida, uma "esperança de vida" curta e débil, além de serem extremamente difíceis de colher e de estarem, neste momento, poucas disponíveis para investigação. Tem-se vindo a provar, no entanto, que existe a possibilidade de criar em laboratório células estaminais adultas sem ser preciso recorrer à extração de um ser humano, embora as recentes notícias sobre a farsa do DR. Hwang ponham em causa esta possibilidade, pelo menos no campo prático.
A melhor forma de extrair células estaminais é de um embrião humano em fase muito inicial. O processo de colheita num embrião resulta na destruição deste, aproveitando-se somente a célula que foi retirada.A questão torna-se controversa neste último ponto.
A investigação foi já permitida no Reino Unido e nos Estados Unidos, sob grande controlo governamental e restrições quanto à quantidade de embriões utilizados. Os embriões utilizados têm sido aproveitados de bancos nacionais de dadores - casais que fazem fecundação in-vitro para depois utilizar os próprios embriões para gestação na mulher, numa tentativa de engravidar. Só dois ou quatro embriões são efectivamente usados no processo e os dadores têm depois a hipótese de ordenar a destruição dos restantes, doar a outros casais ou doar para investigação. A primeira hipótese é estatisticamente a mais utilizada, e as clínicas congelam geralmente cerca de 20 embriões para futuras tentativas em nitrogénio liquido.
A morte do embrião apresenta questões éticas já conhecidas entre nós na guerra pró-vida e pró-aborto. Um embrião é considerado por muitos uma forma de vida humana e , como tal, inviolável. Por outro lado, o facto da destruição de embriões já ocorrer de qualquer maneira e de ser possível com este tipo de investigação, curar e tratar mais seres humanos e devolver a vida a muitas pessoas faz com que o desenvolvimento das células estaminais em laboratório tenha já muitos seguidores.
A definição de embrião como é usado para recolher células foi já explicada pela Embryonic Stem Cell Research (ESCR) americana: não se trata de um embrião mas de um zigoto. Uma massa de células indiferênciadas onde a individualização das células ainda não ocorreu, caso contrário a recolha de células estaminais seria impossível.
A questão para mim é algo pessoal. Faria o que fosse preciso para não ver mais pessoas e as suas famílias a sofrer com o Alzeimer, por exemplo. E vejo uma beleza infinta numa destas células estaminais. Não estamos a falar de clonagem, de laboratórios futuristas, de criação humana pela mão do homem, nem, a meu ver, de fazer o papel de deus. Estamos a falar da infinita capacidade inteligente do ser humano, e de como conseguiu descobrir no seu próprio corpo a cura para as doenças que gera. Não se trata de uma declaração filosófica mas é tão simples como isto: É dentro de nós que está a resposta.
Uma célula estaminal é um tipo de célula primitiva que pode ser alterada para se transformar num dos 220 tipos de células existentes no corpo humano. Por terem esta capacidade de se tornarem em todo o tipo de células os seus investigadores afirmam terem a possibilidade de serem utilizadas para tratar e até mesmo curar determinados tipos de doneças até hoje impossíveis de tratar. Fala-se de alguns tipos de cancro, a diabetes, o alzeimer e algumas doenças do coração.
O corpo humano adulto possui células deste tipo mas são consideradas praticamente inúteis por terem uma aplicação muito reduzida, uma "esperança de vida" curta e débil, além de serem extremamente difíceis de colher e de estarem, neste momento, poucas disponíveis para investigação. Tem-se vindo a provar, no entanto, que existe a possibilidade de criar em laboratório células estaminais adultas sem ser preciso recorrer à extração de um ser humano, embora as recentes notícias sobre a farsa do DR. Hwang ponham em causa esta possibilidade, pelo menos no campo prático.
A melhor forma de extrair células estaminais é de um embrião humano em fase muito inicial. O processo de colheita num embrião resulta na destruição deste, aproveitando-se somente a célula que foi retirada.A questão torna-se controversa neste último ponto.
A investigação foi já permitida no Reino Unido e nos Estados Unidos, sob grande controlo governamental e restrições quanto à quantidade de embriões utilizados. Os embriões utilizados têm sido aproveitados de bancos nacionais de dadores - casais que fazem fecundação in-vitro para depois utilizar os próprios embriões para gestação na mulher, numa tentativa de engravidar. Só dois ou quatro embriões são efectivamente usados no processo e os dadores têm depois a hipótese de ordenar a destruição dos restantes, doar a outros casais ou doar para investigação. A primeira hipótese é estatisticamente a mais utilizada, e as clínicas congelam geralmente cerca de 20 embriões para futuras tentativas em nitrogénio liquido.
A morte do embrião apresenta questões éticas já conhecidas entre nós na guerra pró-vida e pró-aborto. Um embrião é considerado por muitos uma forma de vida humana e , como tal, inviolável. Por outro lado, o facto da destruição de embriões já ocorrer de qualquer maneira e de ser possível com este tipo de investigação, curar e tratar mais seres humanos e devolver a vida a muitas pessoas faz com que o desenvolvimento das células estaminais em laboratório tenha já muitos seguidores.
A definição de embrião como é usado para recolher células foi já explicada pela Embryonic Stem Cell Research (ESCR) americana: não se trata de um embrião mas de um zigoto. Uma massa de células indiferênciadas onde a individualização das células ainda não ocorreu, caso contrário a recolha de células estaminais seria impossível.
A questão para mim é algo pessoal. Faria o que fosse preciso para não ver mais pessoas e as suas famílias a sofrer com o Alzeimer, por exemplo. E vejo uma beleza infinta numa destas células estaminais. Não estamos a falar de clonagem, de laboratórios futuristas, de criação humana pela mão do homem, nem, a meu ver, de fazer o papel de deus. Estamos a falar da infinita capacidade inteligente do ser humano, e de como conseguiu descobrir no seu próprio corpo a cura para as doenças que gera. Não se trata de uma declaração filosófica mas é tão simples como isto: É dentro de nós que está a resposta.