28
Out05
Amor (II)
Domesticada
Descobriu o seu caderno de apontamentos num metro, abandonado pelo dono, despojado de carinho e cheio de amor para dar. Leu todas as frases soltas lá deixadas, tentou juntá-las num fio condutor que lhe desse alguma ideia da vida de quem o escreveu. Aperciou os desenhos como se de um artista se tratasse e criou à volta dele a personagem que desejava que ele fosse. A relação amorosa e a paixão acabaram na última página onde o seu nome estava escrito. Adérito.