Pimba
Vou contar tudo, agora vou contar tudo que já não me aguento no collant tamanho dois. Ando maluquinha com o Lost, maluquinha. Cheguei a jogar no euromilhões esta semana com a treta dos números o que é estúpido por tantas razões que nem vale a pena explicar. Mas história dos números e do suspense todo e o nervosismo que sinto quando vejo cada episódiozinho religiosamente é só para enganar. De quem eu gosto é do Sayid. Que tem o tom de pele perfeito, os ombros perfeitos e o cabelo comprido perfeito. Ontem até se me deu uma coisa porque vi o Sayid e logo a seguir deu a infinita lamechice dos tempos modernos que é o Pacinte Inglês, mas que, enfim, tem o Sayid. Que também se deve chamar Sayid no filme e mesmo que não se chame não interessa, porque ele lava os cabelos ao ar livre com um balde de água e eu estremeço dentro do pijama. Mas vou contar tudo à mesma, e não tem nada a ver com isto. Eu entretanto sonhei com o Sayid outro dia, mas não conto. Eu sonho muito, ou lembro-me de tudo, é uma chatice. Porque depois conto às pessoas, e acho que não deve haver coisa mais entediante no mundo que ouvir outra pessoa a contar a treta dos sonhos. O que ainda por cima geralmente revela coisas sobre a pessoa em questão que outros não deveriam saber, uma chatice. Como quando uma vez conheci o Zé Pedro dos Xutos e lhe disse que tinha tido um sonho erótico com ele. Uma chatice.
Bom, o que eu queria dizer é que tenho escoliose. Isto é muito importante, ter escoliose. Passa-se imediatamente para o lado dos outros. Os outros que já se têm de preocupar com os anos que aí vêm, uma coisa que me deprime sobremaneira. E pior, não posso dizer aos meus alunos de 3 aninhos quando têm um dói-dói e essas expressões imaturas que eles usam, que não os posso pegar ao colinho e dar um mimo porque a minha escoliose agora até está bem mas se a Maria João esticar a corda daqui a uns aninhos a Maria João vai estar acamada a borrar-se nas fraldas porque não consegue mexer a porra da coluna que é mais torta que o feitio dos estudantes franceses. Eu não costumo falar na terceira pessoa à jogador da bola, mas com eles de vez em quando falo porque me dá um certo gozo esbugalhar os olhos e abaná-los e dizer - a Maria joão esteve 6 anos na faculdade de direito para te estar a limpar o rabo, não é giro?!!!
Além disso já não posso ser aeromoça. Eu queria muito ser aeromoça porque me dizem que as aeromoças são extremamente papáveis. Eu uso mais a palavra Camável, mas acho qeu para senhoras não fica bem, é melhor nos homens. Por exemplo: o Sayid é altamente camável. Fica melhor do que: a Alexandra Sofia é camável.
Preciso tanto de um emprego.