Amor de acordo com um economista
"Não sou bígamo, estou simplesmente a aumentar as minhas probabilidades de ser feliz."
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"Não sou bígamo, estou simplesmente a aumentar as minhas probabilidades de ser feliz."
Não sei será da aproximação cada vez mais evidente do Leonard a terra lusa, não sei se é desta onda de felicidade em que ando,nem sei mesmo se é do estado zen em que estou (isso vai dar outro post), mas a verdade é que acho que chega a altura de atar as pontas e juntar dois lados de mim aqui no blog.
Sou uma mulher apaixonada, pela vida claro, mas muito também pelo JT. E o JT (de Johnny T. e fiquemo-nos por aqui) além de ter só por si o mérito de ser o homem que me atura, é talvez a pessoa do mundo inteiro que mais contribui para a minha felicidade. E que nesse processo consegue ainda ser alguém que genuinamente admiro (admiro-o há mais de 10 anos,não é o amor que é cego).
Assim sendo, somos duas alminhas perdidas. Um pelo outro e ambos pela vida. E temos um blog.
Como calcula o caríssimo leitor, um blog "de casal" pode ser extremamente enfadonho, extremamente invasivo, extramamente divertido ou all of the above. Deixo à descrição de quem o visitar a dita conclusão.
Fica só o aviso que gostamos os dois muito de rum, de fotos de miúdas giras semi-nuas, de aniversários de malta conhecida, de refilar contra cretinices do dia-a-dia e do ocasional conto ficcional.
Fica o convite: Beautiful Losers
Chega inevitavelmente o dia em que uma verdadeira amiga minha se vai casar. Não é o senhor amigo do pai ou da mãe, nem a filha do senhor amigo do pai ou da mãe. É o casamento de uma pessoa assim como eu, de quem eu gosto,com quem vivi aqueles momentos fixes da vida e que, como todas as outras minhas amigas, nunca imaginei casada. Tal como nunca imagino ninguém adulto, nem a mim,e de repente já somos todos.
Isto é uma situação que me levanta muitos problemas. Em primeiro lugar tenho sempre a sensação que não me sei comportar em casamentos. e então trago ao de cima o meu outro eu bem comportado e deixo a John em casa a dizer parvoíces sozinha. Dá bom resultado, exceptuando se as pessoas me convidarem com o propósito de animar o casamento e ser a funny do costume. Aí tenho tendência a desiludir.
Em segundo lugar não tenho corpinho para as roupas de casamento. Não sou alta de pernas esguias, não tenho cara para usar chapéu, nada me cabe nas carteirinhas de mão que se levam e as encharpes enervam-me e perco-as sempre.
Terceiro, e o mais preocupante de todos. A minha gajice vem ao de cima. Choro horrores, borro a maquilhagem, olho para noiva como quem olha para a Nossa Senhora, imagino o meu próprio casamento e esqueço-me completamente que sou uma pessoa que não acredita em casamentos. E no meio desta neurose de gaja, acontece sempre o meu momento mais ridículo da vida. Lembro-me da figura que estou a fazer e na altura de atirar o bouquet vou-me esconder. geralmente aproveito para ir falar com o DJ sobre o fantástico que eram os Boney M e como é de valor que ainda haja pessoas queos ponham a tocar.
faço basicamente qualquer coisa para não apanhar o bouquet. Nunca se sabe... E não quero de maneira nenhuma correr o risco de ser feliz para sempre.
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